Um lugar onde tudo se pode, na mais pura calma e agitação possível.
Onde os olhos só enxergam quando estão fechados, onde se ouve apenas o que é natural.
Ninguém pode lhe tirar isso.
Todos estão nesse instante. Nessa terra, Nessa realidade abstrata.
Um alguém pra telefonar as 3 da manhã, alguém pra viajar no meio da semana, de contra mão.
Uma tribo onde a liberdade não foi comprada, uma raça que não foi incluída.
Uma história ainda não contada e uma história ainda não vivida.
Tambores anunciam um sacrifício sem virgens, crianças ou vidas.
Em branco e preto ou sem rostos os nós passeiam em leões de madeira.
Gatos que choram pra lua que ainda não cresceu.
Cães cegos a correr para a morte.
Mulheres em corpos alvos e homens as olhando com os dedos.
O céu verde alaranjado faz com que o vermelho dos corpos brilhe incandescente.
A criança brinca com seu cavalo sem asas e com sua lagarta alada.
Milhares de milênios em míseros minutos.
O arco-íres em sépia faz com que a chuva cesse.
O vento gelado balança os cabelos à janela.
A vida lhe parece mais púrpura ao sentir o arrepio do toque anônimo.
Escolher entre o impossível e o perfeito.
O espelho que reflete as vidas se devorando sob uma luz encarnada.
Saias a rodar num som de metais rugindo
Energias em tom de azul cobalto, amarelo titânio e lilás.
Filosofias de turistas.
Placentas a se estourar na vinda de um anti-movimento.
Siga sua linha imaginária do equador para chegar a razão sem juízo.
Pegue os passaportes e vamos ver os pores-do sol, que as antigas terras tem a nos oferecer.
Venha, pra ser feliz pra sempre, longe no quarto ao lado.