Pesquisar este blog

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Porcentagem

Falta.
Sofro claramente de um excesso de falta.
Falta de algo no campo do não material...
Há uma necessidade de completar-me,
Não há como passar de nível.
Estagnação.
A loucura disfarçada de personalidade deixa a cor dos olhos um tanto quanto Explicita.
Havia um tempo que olhares bastavam para se saber a verdade.
'Me cante uma canção que não faça sentido a mais ninguém...'
Há vagas no banco de trás e no do carona,
Escolho um caminho onde cada gota de chuva traz consigo um pingo de luz,
Onde pedaços do céu que caem se transformam em canção de ninar.
Você sabe,
Quando alguém te diz boa sorte, te dá algo além de palavras...
Hoje, um cheiro amado ficou na minha mente por mais tempo...
Ontem, uma vontade imensa ficou numa banca de jornal.
Uma fita de cetim com todas as cores se guarda com a dona.
Que haja coragem,
Que haja paciência,
Que a eternidade esteja em cada segundo.
Minha responsabilidade anda junto com as chaves.
Não as esqueço já faz um tempo...
Minha poesia anda com a garrafa vazia de Malibu.
Na estante...
Que nada de belo escorra pelo ralo.
Que Tudo o que acredito se mantenha em cada estrela que levo comigo.

-Em um reino distante havia uma arvore seca, ela sorria toda vez que as gotas de chuva se transformavam em folhas cintilantes à luz azulada da lua.-






segunda-feira, 2 de abril de 2012

Abstinência


Meu corpo já não cabe em mim.
Quando se prova a liberdade, Não se quer, não se pode prender.
Não vejo onde procurar corpos que conversem.
Que tentem se entender ou se repudiem.
Preciso dançar.
Preciso de paixão, calor.
Frios, medos.
Sensação de prazer, raiva,
Desgaste.
Experimentar em outros.
Talvez o corpo só precise de contato.
Talvez o gozo seja apenas mental.
Talvez o maior prazer da dança seja o interagir,
O Toque.
Há tantas possibilidades que nem conheço,
Há tanto que explorar.
Sinto que cheguei na porta da liberdade e sentei,
Antes de abrir a porta e ver  suas possibilidades.
É triste deixar o corpo em repouso,
Sozinho.