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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Brilh-anti




A velha aranha está descobrindo novas maneiras de tecer sua teia...

Bem, que o aviso se instale...

-Não há mais tantas moscas a se comer.-

O grande senhor já as deixou sob aviso.

Elas guardaram suas asas e agora andam como formigas feias.

Quando chegarem no topo da montanha mais alta vão reaprender a voar...

Mas apenas as que souberem sobreviver à neve e aos perigos de se andar em Terra.


Que as relações saiam do pré humano e se tornem pós bestiais.




quarta-feira, 13 de julho de 2011

Paredões.


Quando estava quase abrindo o portão, decidiu ir para o parque que estava ali do lado, só a esperando. 
Foram tantas mortes no espaço de um mês. Tantos levados ao hospital. Tantas perdas definitivas.
O caminho de pedra solta fez mais barulho do que devia. Um casal que estava de frente para o rio ficou meio receoso com sua presença/aparência. Ela não se aproximou mais. Parou num banco virado pro nada. 
Na grama extensa, duas pedras lado a lado, que, com certeza deveriam ser as traves de um gol na tarde anterior. 
Ficou ali.
Estava frio pra blusa fina de moletom que usava, mas o frio a fazia sentir cada pedaço do seu corpo-vivo. Isso faz bem às vezes.
O nada lhe remeteu o vazio que cobria com piadas de humor negro. Achava que esse humor é o mais puro de todos. Puro não de pureza, castidade. Puro, de sem intervenções ou adequações. 
Vazio. Foi tomando um espaço grande demais pra ser vazio. Foi enchendo...
Cheio. Ficou. Doeu até explodir em uma única gota.
Desviou seu olhar p cima, e aquela arvore enorme que pendia suas folhas pra ela, a acalmou...
Deitou-se no banco de madeira. a lua cheia dentre as folhas a fez sorrir.
Sorriu e foi esvaziando.
Vazio às vezes é bom.
Ficou sentindo mais um pouco seus ossos tremendo.
Até que decidiu bastar-se e foi andando rápido para o portão sem se importar com o barulho que as pedras faziam.
No quintal, olhou mais uma vez para a lua e sorriu.

domingo, 10 de julho de 2011

Pra me variar...

A musica para se ouvir com o texto... sem ela vai ser uma meia leitura...

Acho que meu blog está perdendo público porque sou desinteressante...



Bem...



Há muitas verdades no universo...


Mas me importam aqueles que gostam de se interessar por pessoas desinteressantes....
Eu sempre tenho algo pra te dizer, por isso não me pergunte.


Sou culpada por ser um pouco mais entusiasmaste que deveria....

Mas há pessoas, épocas e principalmente atitudes que me fascinam...
Dá vontade de ter pensado naquilo antes...


O que dá mais raiva é que sei de todos os meus defeitos e não mudo...

Imperfeição é tão desinteressante...

O mundo sabe seus defeitos e não muda...

O que eu mais gosto de todos os meus defeitos é não ter por Q's 

Sofro com isso, sofrem com isso.

Tentam me enfiar os por Q's e tentam me fazer decorá-los e pô-los em prática... Por Q?

Sei que eles devem ser importantes... Todos são... Você é, não É?


As coisas mais desinteressantes não tem por Q's...

Universos, Viver, Acreditar, Sentir, Conjugar verbos....

Para então ser uma escritora... 

ESTUDAR ESTUDAR ESTUDAR LER LER LER LER LER LER LER LER LER LER LER ER ER ER ER ERERR R R R RERER E O Q MAIS PARA SER ALGUÉM?

Eu sou alguém poxa... Eu penso...

Logo existo não é assim?  Aprendi estudando lendo lendo...

Mas se só pensar já é o bastante...


Por que ainda não me existem?

Passo DeSApercebida como diria alguém que pensa e não existe para todos...

Li que você só existe quando alguém pensa em você...

Acho que aprendi a me olhar mais no espelho depois dessa frase....


Bom, e quando existimos num plural?

É menos existente?

Ser particular é mais forte para a existência?

Sabe que de um tempo pra cá, venho pensando insistentemente em uma guria quando escrevo...

Penso se ela se entenderia no que exponho...

é um misto de intimidação, admiração e comparação....

Quando crescer quero existir.


Quero causar um misto de sentidos e sentimentos em pessoas avulsas...

Pensei até em me colocar a mostra... Em me deixar mais exposta do que já me deixo...

Deixar que me atirem pedras, flores...

Mas isso já está em capas de revistas...

Diz-me guria, quando crescer vou fazer diferença entre os que não existem?