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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sonhei



E estava em um livro de poesia
Abro uma pagina em branco e letras surgem enquanto vou  lendo,
Logo elas passam rápido demais e simplesmente...
fui pra dentro daquela casa onde uma típica personagem penteava os cabelos na janela,
e quanta luz vinha dessa janela...
A ponto de transformá-la -simples- em sombra.
A admiro, sem querer interromper aquela linda cena.
De repente entra na estória enevoada o clássico boêmio de terno branco, saído de Nelson Rodrigues!
Sem dar-lhe um beijo de amante,
Cobra da linda moça o ouro que ele a deu,
Uma cena de violência: ele a segura, ela tenta escapar, ganha um tapa.
Sedas rasgadas,
O tecido transparente arrancado é jogado pela janela.
Tento interferir,
Vou para cima deles e os ultrapasso, eles, a janela, sem que eles me vejam caio. 
Estou fora. Do chão, no gramado verde, vejo a cena diferente,
Sinto  que ela sempre espera por ele, mesmo com todo o ódio, sinto que ela vive por esperar o dia que ele entra pela porta branca e a possui.
Vejo no rosto claro, tomado por desejo, ódio e amor, o prazer se instalando.
Ele segura seus cabelos escuros, compridos e ondulados.
Ela como se chamasse a todos daquela vila que agora existia além do gramado, Mostrava em seus gritos/gemidos o quanto desejava por àquelas horas.
Um contra regra surge e com uma escada começa a pintar a parede do casarão  antigo,
Percebo que os personagens não estão mais em si.
De repente, estão rindo e conversando ao meu redor,
Agora são outras pessoas.
Uma voz grave vinda de lugar nenhum interfere mais uma vez minha assimilação,
Uma intervenção divina?
Mamãe andou rezando de mais por mim?
Vejo que a luz forte não vem de um céu como o que vejo agora de minha janela.
Não existe um sol como o que nuvens escondem em minha janela,  
Há um céu cheio de estrelas que são na verdade do meu sonho, holofotes.
O canhão de luz diminuiu e vejo, um deus talvez...
Ele desce de uma escadaria cercada por lugares vazios,
Há fumaça e uma luz que enfim, mostra a realidade que habito.
Chega até mim, com sua voz de trovão e sua barba semigrisalha e me diz que agora devo me trocar, pois teremos 15 minutos até o primeiro sinal.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mosquito Blue.

Há um ar sensível a me rodear,

Canções e poemas.
Estomago vazio e embrulhado.
Um julgamento na TV que só serve pra aliviar o silencio inexistente.

Ele canta algo que me leva aos meus monstros,

Há embalagens de chocolate equivalente a dias de TPM.
Chegue logo festa de santos mundanos!
Espero perder-me de mim mesma com todos os pleonasmos que possam ser meus.
Penso nas décadas que não vivi, onde essa festa era mais romântica.
Onde o mundo era mais romântico.
A grama dos anos passados é mais verde?
Quero um baile de mascaras!
Quem sabe tirar as que visto todos os dias para não sofrer de perguntas?

Quero trabalhar, exercitar tudo isso que se acumula de forma negativa em mim.
Preciso encontrar corpos.
Preciso de ventos!
Não sofro de sofrismo a partir de agora.
Me esvaziei num estranho.
Um novo ar entra pelas narinas.
Hoje minha noite não será regada a séries sem sentido.
Desligarei tudo.
Apagarei a Luz e terei sonhos calmos
Que o universo continue a me mandar seus anjos.